O indie de Lisboa

E assim, sem aviso prévio e apenas com alguns comentários de alguns conhecidos que recomendavam começou e acabou o Indie Lisboa 2007. Após vários anos com a opção dos festivais de cinema um filme por dia, para manter o ritmo relaxado da vida nos Açores, sou largado num festival que tem pelo menos uns trinta filmes em exibição todos os dias. Fiquei perdido. Sendo assim a selecção por mera casualidade resumiu-se a quatro filmes.

Um domingo à tarde de muito calor e sem nada para fazer, levou-me atá ao Londres ver o "I'm a sex addict". Ainda acredito que o realizador só fez o filme devido á possibilidade que teve de se esfregar nas actrizes co-protagonistas. uma abordagem de comédia de um tema que aparentemente foi sério (o vicio em sexo com prostitutas do realizador, e a capacidade de não compromisso de uma pessoa que procurava a mulher perfeita). Conversa prévia com o realizador assustou-me qual o valor do objecto artístico de um homem que defende que faz filmes para o publico e não para ele. Onde fica a visão de artista no meio disto tudo? Será que ele devia dedicar-se aos blockbusters.
Segui-se no mesmo dia à noite o "Analog Days" de Mike Ott que primava por uma banda sonora do melhor da música independente dos nossos dias e não só. Uma abordagem interessante sobre o aparente beco sem saída que é o final da adolescência num pequeno subúrbio norte americano.
Finalmente os dois últimos filmes resumiram-se à temática sexual, sendo que o Shortbus foi o filme não pornográfico mais explícito que já vi. Talvez bastante bom para quem tenha tabus sobre sexo se poder desinibir um pouco.